Aqui vou eu para mais uma florzinha no jardim da nossa querida Terra.
Havia um jumentinho por nome Zé que fazia seu trabalho carregando a carga de uma carroça. Ele vivia assim tranquilo sabendo o que faria a cada dia de seu viver. Obedecia como sabia o seu patrão – que trazia a nossa personagem principal deste conto com rédeas curtas.
Um belo dia o Senhor deste quadrúpede foi cumprimentar o seu compadre e conversaram sob a sombra de uma árvore Sete Copas.
-“Sabe , Manuel, este meu burro é meio estranho. Mesmo quando trabalha duro durante o dia a puxar esta carroça , ao fim do serviço o amarro aqui nesta sombra . Mas, o coitado não fica quieto. Faz questão de deixar o rabo no sol.”
Manuel riu a beça porque o Burro Zé havia cumprido um ditado muito certo porque um animal na sombra com rabo no sol só podia significar que o burro intuía que tudo tem um fim e estava por temer a morte.
O dono do Burro Zé se assustou porque aquele bicho sabia mais que ele da vida.
Foi-se o Burro Zé para o além, assim também o amigo Manuel e seu Senhor.
E você, querido leitor?
Como anda seu dia? Gosta de sombra e água fresca? Ou está a se preparar para o além?
Helder Camara