Quem vem primeiro? O doente ou o médico? Fazendo alusão ao desafio de saber a origem das coisas se conjecturou o que haveria de sair do forno divino. Afinal, quem estreou primeiro a coluna das urgências foi o ovo ou a galinha? dependerá do ponto de vista do observador.
Todos sabemos sobre os animais que botam ovos;o ser humano tem também seu antecessor. Somos seres de luz, e antes disso viemos dum universo inteiro que se assemelha à um ovo de luz.
Preste bem atenção ao fitar o céu noturno estrelado. Ele é como uma mãe que está a cantar uma cantiga de ninar para quem o observa. Seus sonhos serão ternos e acalentadores.
Ora, como prever o que virá?Simples. Tudo será amoroso como o Criador! Como hoje sabemos.
Sem subterfúgios, responderemos à questão de que veio primeiro dizendo que : foi o Amor Divino.
Meus amigos, não queimemos os nossos mais preciosos esforços em questões que podem ser supérfluas.
A questão maior e foco de atenção do verdadeiro cristão deverá ser sempre o amor.
E olha que não me agrada colocar em uma só sentença tanta veemência juntando as palavras ‘dever’ e ‘sempre’ com amor.
Helder Camara
…………………………………………………………………..
A busca por inspiração
Olhando para o tempo avistei nesta tarde três pombinhos a brincar e ciscar o chão da praça.
Estava como de costume com minhas migalhas de pão como soía distribuir em dia de domingo.
Olhava para aquelas aves todas despreocupadas e ficava a pensar no significado do que seria a pomba da paz.
Que paz a pomba do tempo de Noé trouxe para os homens daquela época? Que haveria esperança porque existia terra próxima?
O que pomba e ramo de oliveira significariam para a humanidade de agora? Água a vista?
Porque, cá entre nós, hoje nos preocupamos com ruas alagadas e canos secos…
E estas três palomas? Que responderiam sobre paz para o leitor? Seriam as três Américas? Representariam a Liberdade, Igualdade, Fraternidade? Ou a trindade gritando em alto e bom som: “-Lembrem do Espírito que os anima!”
Ou seriam somente pássaros a bicar de nossa bondade a ração diária. E seríamos nós os mensageiros para os emplumados dizendo que a comida chegou.
Brincadeiras a parte, quero agradecer a Deus por sonhar com a liberdade. Por ver ainda que em gémem a novidade acontecendo como milagre inesperado.
Mas, não! Estes sinais da natureza são eloquentes: “-Não desanime! A cada dia o Senhor nos protege com suas asas!”
Para mim não seriam asas de águia, mas asas de ‘pombinhas do bando’, aquelas que vêem naturalmente fazer seu ninho bem a nossa vista. Despreocupadamente vem com ramos e fios desajeitados tecendo um amparo para os futuros habitantes…
Assim somos. Dependentes de asas, ninho, esperança, sinais.
Certa vez o Apóstolo João teve uma visão. E dela partiu a Gênese de um outro mundo revelado no ‘Apocalipse’.
“Vi um novo céu e um a nova terra…”
Anciãos, Trono, Selo, Cavaleiros, Anjos, Cordeiro, Mulher… São muitas as figuras.
Há cânticos sonoros e iluminados.
-Amém! Exclamam. -Aleluia! Entoam.
Que haverá nesta Nova Jerusalém?
O Senhor Reina, com certeza.
A Esposa torce para o marido chegar. Mas, Ele nunca partiu.
Todos estamos neste mundo graças a Deus e quando dizemos que venha seu Reino, queremos que este Reino esteja vigorando em nosso ser. Somos do Espírito.
Helder Camara
Uberaba, 10 de abril de 2016.