Vou voltar, sei que ainda vou voltar

Neste domingo venho trazer mensagem curta pois inicia o tempo de espera do Natal de Jesus Cristo.

Observo a vegetação que ainda está com o orvalho da manhã.

Formigas apressadas vão e vem em busca de nutrir seu formigueiro subterrâneo.

Nos também, como humanidade em progresso, descemos aos subterrâneos para trazer à superfície elementos necessários para nossa industriosidade. Metais, semi-metais e muito mais.

Neste formigueiro humano, desenterrando e enterrando, necessitamos do poder das águas. Água dá vida e também a tira. Como uma gigantesca onda, a força oculta das águas e da nossa ambição desenfreada trouxe uma catástrofe. A lama tóxica que nem ao mar infinito aos nossos olhos deixará de fazer estragos.

Agora, após o acontecido em Mariana, Minas Gerais, profetas e estudiosos dizem mais: a lama seca e vira pó; o ar se contaminará. Haverá sofrimento para mais duzentos anos…

Estou aqui na erraticidade, mas como na música cantada por Chico Buarque e Tom Jobim, vou voltar… E aí? Já pensou, meu irmão, minha irmã?

Enquanto na Europa milhares de pessoas fogem da guerra e do solo minado por guerras e lutas intermináveis, nós do Brasil choramos pela flora, fauna e pessoas que não tem como fugir da lama.

Chorei ao saber do fogo na igreja Sé de Mariana, e pensava: Meus Deus, por quê?

Desta vez a água dos meus olhos foi congelada de aflição, o soluço ficou entalado.

O Papa pede para que se abra retumbantemente a porta da Misericórdia.

Todo o meu ser vibra neste Júbilo que só Deus pode dar!

Misericórdia! Misericórdia!

Helder Camara

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