Irmãos. Convido-os, hoje, a lerem o Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo VIII com o título: “BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM PURO CORAÇÃO”, número 9 e 10.
“Não basta se tenham as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a do coração.” É preciso ler todo texto para aprofundar o ensinamento desta frase.
Vamos abandonar práticas errôneas. Quando se olha muito para as práticas exteriores, se esquece da essência. Assim, aconteceu com os judeus da época de Jesus e continua a acontecer com Cristãos de hoje.
O ensinamento do Cristo que é amor e justiça fica ofuscado quando convenções humanas, os seus costumes e a cobrança da uniformidade vão se distanciando do que é mais importante.
As crianças, que para nós são exemplo de pureza do coração, podem nos ensinar algo sobre isto. Basta ver como se portam numa igreja ou numa reunião de estudo. Elas querem fazer a experiência de explorar todos os cantinhos, começam a falar e pedir a atenção para si quando bem entendem. E nós desculpamos estes pequenos porque para eles tudo é natural. O importante é ele, o seu papai, a sua mamãe ou aquele ente mais próximo. O amor que os une. O aconchego.
Não é isto que buscamos num grupo que se reúne com fé? Aconchego, algo que nos fale ao coração. Poder caminhar com as próprias pernas, ser espontâneo. Exercer a capacidade de contribuir com a sua fala, sua experiência de vida, com seu Espírito.
Ou será que queremos voltar a fazer tudo por obrigação e temer o castigo que virá pela não observância de imposições alheias?
Chega de massificação! Vamos ser aquela comunidade da casa. Quer dizer, aquele lugar que primeiro nos acolhe, nos valoriza, nos escuta, entende nossa história, nos ama, nos conhece pelo nome.
Abracemos o compromisso da pureza do coração.
Com o carinho do irmão Helder Camara.